Rua do Ouvidor (reminiscências)







Num impulso arcano, meus olhos miravam e sorviam. E em cada clique, minhas mãos desfolhavam o Tempo. Entre a balbúrdia vibrante, a violência sonora,o frenesi e o esquecimento, a voz mansa e solene de um bruxo do Cosme Velho:

(...)"rua do Ouvidor. Esta rua chega a irritar um homem pelo excesso de descuriosidade. Nenhum dos seus transeuntes quer saber nada de nenhuma outra criatura humana; nunca ali circula o mínino boato, e quando se inventa alguma coisa é sempre um rasgo de virtude (...)Os olhos andam pregados no chão; ninguém perscruta os pés da moças e suas mediações. O todo da rua dá uma idéia de um corredor de convento"
(Machado de Assis,jornal O Besouro, 8 de junho de 1879, pág. 78)

clicks do autor do blog, Jean-glés
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